Um raro terremoto atingiu o Marrocos e deixou mais de 800 pessoas mortas, além de 672 feridas, na noite desta sexta-feira (8). Jornais locais também relatam que 205 pessoas estão em estados graves de saúde.
O governo marroquino diz que os números ainda são preliminares. Até o momento, o número de vítimas faz do terremoto o mais mortal desde 2004. Os abalos se concentraram nas montanhas do Alto Atlas, uma cidade histórica de Marrakech – uma das principais atrações turísticas do país.
O tremor levou cerca de 15 segundos, e ocorreu por volta das 19h30 da noite – de acordo com o horário de Brasília. A magnitude registrada foi de 6,8. A maior em 120 anos. Outro terremoto mais fraco ocorreu minutos depois.
Os locais mais atingidos foram: Al Haouz, Ouarzazate, Marrakesh, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
De acordo com o professor Bill McGuire, de riscos geofísicos e climáticos de uma universidade em Londres, o maior problema foi que a cidade não costuma registrar temores – o que faz com que as construções não sejam adequadas para resistir aos impactos.
“O problema é que, onde os terremotos destrutivos são raros, os edifícios simplesmente não são construídos de forma robusta o suficiente para lidar com fortes tremores do solo, pelo que muitos desabam resultando num elevado número de vítimas”, disse, em entrevista à Associated Press.
Ele também estima que o número de mortes pode subir aos milhares, pela possibilidade de novos tremores, além de vítimas em locais de difícil acesso.
Fonte(SCC10)