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Governo volta atrás e mantém isenção para comércio entre pessoas físicas de até US$ 50
Cotidiano
Publicado em 18/04/2023

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo voltou atrás com a decisão de acabar com isenção de imposto para remessas internacionais de até US$ 50.

A regra é válida apenas para remessas enviadas por pessoas físicas destinadas a pessoas físicas mas, segundo o governo, era utilizada por e-commerces como Shein, Shopee e AliExpress para evitar o pagamento de tributos.

O anúncio de suspender a medida gerou fortes críticas nas redes sociais.

“O presidente nos pediu ontem para tentar resolver isso do ponto de vista administrativo, ou seja, coibir o o contrabando e reforçar a fiscalização, sem a necessidade de mudar a regra atual.

Estava gerando confusão de que a mudança poderia prejudicar as pessoas que de boa fé recebem encomendas do exterior até esse patamar”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em declaração feita na segunda-feira, 17, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas havia afirmado que o governo não recuaria da medida e que reforçaria a fiscalização das importações das lojas internacionais, cumprindo com a legislação vigente. “Não vamos voltar atrás porque a lei é muito clara.

Há uma tributação hoje e ela não está sendo efetivada. A Receita Federal já está tomando medidas em relação a efetivação dessa legislação atual. E as propostas que estamos indicando se referem a instrumentalizar a Receita Federal para que ela tenha instrumentos para fazer a lei que já existe hoje”, afirmou.

A Receita Federal havia informado anteriormente que a proposta é utilizar ferramentas pra viabilizar a efetiva fiscalização e exigência do tributo por meio de gestão de risco.

A avaliação do órgão é de que a isenção para pessoas físicas vinha sendo amplamente utilizada fraudulentamente para vendas realizadas por empresas estrangeiras.

“Muitas vezes a mercadoria nem chega. Como os valores são tão baixos, a pessoa pede de novo. A pessoa às vezes não percebe que há inclusive um problema logístico por falta de informação dos exportadores.

Isso nós vamos solucionar”, garantiu o secretário.

O objetivo é acabar com competição desleal entre quem paga os tributos e quem não.

“Se a empresa declara o bem corretamente, esse imposto já é recolhido. As empresas que atuam corretamente para elas não muda nada.

O que estamos fazendo inclusive é uma justiça para as empresas que competem nesse ambiente”, disse Barreirinhas.

A Receita irá adotar a obrigatoriedade de declarações completas e antecipadas da importação, com identificação completa do exportador e do importador e multa em caso de subfaturamento ou dados incompletos/incorretos.

Fonte(Jovem Pan)

 

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