Caminhoneiros têm aumentado a pressão contra o valor cobrado no diesel e a política de preços da Petrobras. Em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal, e pelo acostamento, sem fechar as vias, eles fizeram uma paralisação nesta quarta-feira (1), durante uma hora. A categoria reivindica a redução no preço do combustível e protesta contra a privatização da empresa.
Enquanto os caminhoneiros se mobilizavam, o presidente do Banco Central reconhecia que uma parcela mais pobre da população precisa de ajuda, diante da alta nos alimentos e na energia. Roberto Campos Neto afirmou que a criação de subsídios para frear a alta nos combustíveis é uma solução boa, mas corre o risco de se tornar permanente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que a proposta do subsídio tem pouco impacto prático. Apesar disso, no Congresso, a base aliada pressiona a equipe econômica pela adoção dessa alternativa.
Enquanto o governo faz as contas em busca de recursos que possam ajudar em medidas para conter a inflação, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) teve que suspender uma licitação para a compra de cadeiras e mesas para escolas públicas de todo o país.
A Controladoria-Geral da União apontou que o órgão ligado ao Ministério da Educação superestimou a quantidade de itens que serão cobrados para as escolas. Com a ação da CGU, o FNDE reduziu de 10 milhões de cadeiras e mesas para cinco milhões o número de itens que serão comprados.
Entre os problemas apontados pela CGU está a permissão para que uma empresa de móveis, que não tem funcionários, participasse do pregão eletrônico com a apresentação de uma proposta para a venda das mesas e cadeiras escolares. Além disso, a digitação de itens errados no edital para escolha das empresas poderia ter gerado um prejuízo de R$ 176 milhões aos cofres públicos.
O valor inicial da licitação era de mais de R$ 6 bilhões de reais. O relatório da CGU aponta a possibilidade do sobrepreço chegar a R$ 1,5 bilhão se a licitação não tivesse sido suspensa.
Fonte(SCC10)